sábado, 20 de agosto de 2011

sem titulo


 Certa vez eu escrevi sobre a importância de desabafar e o meu conceito de romance, mas isso me lembra que eu ainda não defini a real sensação de "se apaixonar".
      Para mim, é difícil definir o conceito de algo que apenas dá para sentir. Se você consegue sentir dentro de si, então fica muito mais fácil. Sinceramente, eu não acredito em conceitos e explicações e porquês quando o assunto é se apaixonar por alguém. Quando eu precisar explicar com palavras, eu fiquei sem saber o que dizer. Se fosse nas circunstâncias atuais, eu diria: "eu não sei, só aconteceu." Quando se consegue sentir, você sabe exatamente o que é, daí você fica a um passo do reconhecimento e da demonstração. Ou não.
      Como eu sei que gosto de você? Fácil: inexplicavelmente comecei a sonhar com você todos os dias. Você é o meu primeiro pensamento quando acordo e o último quando vou me deitar. Consigo fazer coisas que nunca imaginei que poderia fazer quando penso em você. Minhas mãos suam, meu corpo treme, minha língua trava e meu coração acelera tanto que eu chego a pensar que estou tendo alguma parada cardíaca, isso tudo quando estou perto de você, só o seu abraço me acalma. Eu suspiro incontrolavelmente e por isso não posso mais olhar em seus olhos e também tenho evitado falar com você porque meu cérebro trava e eu não consigo pensar em nada a dizer, além disso, tudo ao meu redor "se desliga". É como se só existisse eu e você. Eu não consigo fazer o momento de estar com você valer a pena por causa da minha timidez, do meu nervosismo. Eu que geralmente "falo pelos cotovelos", não consigo agir no meu normal quando estou com você, então para evitar que eu faça ou fale alguma besteira, eu simplesmente fico quieta, bem caladinha, originando o tão temido "silêncio constrangedor". Não é minha culpa, nem sua. Eu deveria fazer algo a respeito, mostrar o quanto eu gosto de você, ao invés de evitá-lo, não olhando sequer na sua direção. Assim você vai acabar pensando o contrário de mim, vai achar que eu não gosto de você. Mal sabes que é o contrário...
O que me manteve em silêncio por todos esses meses foi a dúvida. A primeira era saber se eu gosto mesmo de você. Depois de tudo o que eu já disse no começo do texto, ainda resta alguma dúvida? A segunda era se havia um motivo para eu gostar de você. Assim: eu mal o conheço, a gente não conversa tanto assim, então como posso ter certeza? Resolvi pular essa parte, até porque essa é a graça de se viver um relacionamento. O amor é algo que a gente não consegue explicar, só acontece, e também porque a convivência é uma coisa que a gente percebe com o tempo, a chamada “mágica da descoberta”, cada dia é um novo dia. O terceiro ponto era se eu deveria realmente te dizer tal coisa. Aparentemente é algo bem simples, só falar e pronto, mas eu acho essa a parte mais difícil, justamente pelo fato de que somos amigos e esse meu segredo acabaria com nossa amizade e destruir o pouco convívio que a gente tem juntos, ia sobrar só um clima esquisito, uma nuvem negra pairando sobre nossas cabeças. A quarta questão era como te contar. Eu já mencionei que não sei mais como falar com você, e você é um carinha difícil de ser encontrado, a ponto de eu dizer que é até mais fácil eu falar com uma celebridade no facebook do que com você no MSN. Eu vi uma vez na TV que “se você não consegue se expressar com palavras, então mostre através daquilo que você faz melhor, o que me leva a duas alternativas: escrever ou cantar. Eu tenho trabalhado nisso desde então, sem conseguir decidir como nem quando fazê-lo.
A minha última dúvida era saber se você também gosta de mim. Isso eu não sei, eu provavelmente terei que te perguntar um dia. Por enquanto, só me resta esperar.

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