terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Resenha de Séries

Série do dia: "Selfie"



         Série americana do canal ABC de conteúdo inteligente, que traz como atriz principal a atriz Karen Gillian, famosa por sua personagem Amelia Pond na série de tv britânica "DOCTOR WHO", do canal BBC. Infelizmente, a série foi cancelada em 13 episódios, cujo roteiro poderia ser bem promissor, não foi bem aproveitado no pouco período de exibição, deixou gostinho de quero mais e muitas saudades.
        Dificilmente eu me apego a séries de comédia, antes dessa, só a "THE BIG BANG THEORY", do canal WARNER CHANNEL, justamente porque eu não sou o tipo de pessoa que ri muito, uma série de comédia para me conquistar precisa ter no mínimo um enredo consiso e bons atores. No caso de "THE BIG BANG THEORY", por exemplo, os atores se destacam e o roteiro é bem inteligente, não há piadas sem graça ali (e também por se tratar de uma série nerd!). Pois bem, voltando a falar de "SELFIE", ela aborda de forma divertida um dos maiores fenômenos (ou vícios) da atualidade: o uso excessivo das redes sociais. Inclusive o próprio nome remete às fotos em que a própria pessoa tira de si mesma, em tradução literal, algo muito comum depois que os celulares passaram a ter câmera frontal. Foi uma estratégia e tanto dos produtores deixar o assunto já óbvio no título e atrair expectadores.
           A história é centrada em Eliza Dooley (Karen Gillian), mas os outros personagens foram bem desenvolvidos também, como seu mentor e gerente de marketing da empresa Harry (John Cho), o diretor da empresa farmacêutica Saperstein, Sam, e a recepcionista Charmonique (Da'Vine Joy Randolph). Além de tratar sobre relações humanas (reais e virtuais) a série também aborda o cotidiano das pessoas em ambiente de trabalho, cujas relações são em sua grande maioria baseadas no que as pessoas aparentam, não no que elas realmente sejam. Eliza, por exemplo, é a vendedora de maior destaque da empresa, mas todos os colegas a detestam por causa de seu jeito totalmente desleixado e desinteressado no trabalho, o jeito vulgar de se vestir e sua postura antissocial com relação aos colegas. Após passar por uma humilhação na frente dos colegas e na frente do resto do mundo, já que todos postaram na internet, ela decide mudar sua imagem ao ver uma reunião de marketing da empresa apresentada pelo Harry. Ele, meio relutante, acaba aceitando (e porque ela implora), mas o que poderia ser uma missão impossível acaba se tornando o início de uma grande amizade.
           Uma das primeiras lições passadas por Harry é justamente com relação a se afastar um pouco do mundo virtual e conhecer as pessoas ao redor, como por exemplo, ela não sabia sequer o nome da recepcionista do local em qu ela trabalhava por anos, e no entanto tem mais de mil amigos no facebook. Outra lição é se vestir de forma adequada para cada ocasião ao invés de ir ao trabalho vestida como uma "periguete".
          Outro ponto muito positivo da série é que os personagens se complementam, enquanto Eliza é totalmente liberal e despreocupada com tudo, Harry é totalmente workaholic, um viciado no trabalho, enquanto Eliza é viciada em redes sociais. Com o passar do tempo eles conseguem encontrar um equilibrio de forma muito bem-humorada e cujas lições servem tanto para nossa vida social (real e virtual) como para o ambiente de trabalho.
           Enfim, é uma série que vale a pena ver porque além de divertida, aborda muitos conceitos sociais de forma descontraída.

          E, para encerrar, uma selfie com o elenco reunido.




sábado, 7 de fevereiro de 2015

Resenha do filme "LUCY"



LUCY
Título original: Lucy
ano: 2014
direção: Luc Bessom
com: Scarlett Johansson, Morgan Freeman.
             Pouco a dizer sobre o filme: dirigido por Luc Bessom, que fez outros filmes de ficção cientifica em que as principais personagens são mulheres, como "O QUINTO ELEMENTO" e "NIKITA", até ficar no gênero ação com foco em um personagem masculino com o bem-sucedido "BUSCA IMPLACÁVEL", com Liam Neeson. Agora o diretor está de volta à ficção científica com foco feminino neste complicado filme.
             A premissa da história é relativamente simples: uma droga capaz de aumentar a nossa capacidade cerebral até o limite. Parece ser bem interessante, e mesmo sabendo ser impossível (afinal de contas, é ficção!), ficamos na expectativa para ver qual seria o resultado final. O filme faz referências aos primórdios da humanidade ligado ao elemento da evolução. Lucy foi o nome da primeira mulher, provavelmente uma Neanderthal, e o comportamento dos humanos no começo do filme é comparado ao comportamento dos animais, principalmente com relação ao extinto de sobrevivência e à caça.
            Lucy era só uma garota indefesa que estava no lugar errado e na hora errada quando vai fazer uma entrega para um grupo de chineses que utilizam o corpo dela para transportar um tipo diferente de droga. Até aí tudo bem, pois a droga estava em uma parte externa do estômago, o problema foi que logo após ela ser espancado por outro grupo de chineses, e com o golpe no estômago, a droga entrou em seu organismo, transformando-a por completo.
           O professor interpretado por Morgan Freeman menciona que o ser humano utiliza atualmente cerca de dez por cento de sua capacidade cerebral, e que alguns animais, como o golfinho, podem utilizar até 20 por cento do seu cérebro. Atualmente sabemos que o ser humano utiliza bem mais do que apenas dez por cento, não chega aos 100, mas chega perto disso. Outra observação: nosso cérebro, mesmo se utilizando sua capacidade máxima, não é capaz de manipular fatores externos, como o ambiente ao redor, o que nos dá a ilusão de que podemos é o fato de que pode mudar nossa percepção do que vemos ou sentimos, como acreditar que podemos voar, por exemplo. Mas uma coisa que poderia fazer sentido era justamente uma teoria que ele mencionou sobre a lei da adaptação: nossas células tendem a evoluir sempre. Caso o ambiente seja hostil, ela não se reproduz da maneira correta, provocando grandes estragos e destruição. Caso o ambiente seja favorável, as células se reproduzem de forma a perpetuar a evoluir e perpetuar a espécie.
          Outra coisa que eu observei é que, conforme o cérebro vai se aprimorando, perdemos as principais características que nos tornam humanos. Ao mesmo tempo em que sentimos tudo ao nosso redor, perdemos as emoções. A personagem tem seus sentidos ampliados a ponto de sentir até mesmo como era o gosto do leite de sua mãe sugado dos seios, memória que uma pessoa comum nunca teria por se tratar de uma lembrança de uma recém-nascida. Em compensação, ela não conseguia ter a menor sensibilidade com outros seres humanos. Ela tornou-se uma máquina em todos os sentidos da palavra. O ápice do filme foi um pouco decepcionante justamente por causa disso. O cérebro é uma espécie de máquina, e se um ser humano conseguisse atingir sua capacidade máxima, seria totalmente máquina, por isso que há outros órgãos em nosso corpo, outras células e neurônios que nos tornam humanos.
             Enfim, quando vemos a personagem lutar bastante o filme todo, você pensa que o ápice seria algo como ela ganhar superpoderes ou aprimorar mais ainda suas habilidades, ela se transforma em um supercomputador e seu cérebro em pen drive. eu esperava mais, até porque o filme começou muito bem.

                                   Até a próxima!